Comunicado de Imprensa
StreetNet
Internacional
10 de Setembro de 2012
Um gol para o Brasil!: A StreetNet Internacional, sindicatos e organizações sociais pedem
aos candidatos à prefeitura das cidades-sede da Copa do Mundo de 2014, que
marquem um gol para o Brasil e criem oportunidades de trabalho decente aos
vendedores(as) ambulantes.
Faltando um mês para as
eleições municipais do Brasil, a StreetNet,
sindicatos e organizações sociais escreveram a 84 candidatos à prefeitura das cidades-sede,
para pedir que marquem um gol para o Brasil, criando oportunidades de trabalho
decente aos vendedores(as) ambulantes.
A carta foi assinada pela StreetNet Internacional em conjunto com
a Central Única dos Trabalhadores (CUT), pela União Geral dos Trabalhadores
(UGT), pela Confederação Sindical das Américas (CSA/CSI), pela Internacional da
Construção e Madeira (ICM) e pela Articulação Nacional dos Comitês Populares da
Copa.
“Acreditamos que a FIFA, o
Comitê Organizador Local e as cidades-sede devem assumir a responsabilidade pelos impactos negativos
da Copa do Mundo, nos meios de subsistência dos(as) vendedores(as) ambulantes. Esse
é o momento de refletir e agir de forma diferente”, disse Vagner Freitas, Presidente da Central Única dos Trabalhadores do Brasil.
"O Brasil ainda
tem tempo de construir uma Copa do Mundo que tenha como principal marca a
inclusão social e não o lucro da FIFA e seus parceiros comerciais. Pra isso,
deve respeitar as condições de trabalho decente para todos que irão erguer a
Copa do Mundo, respeitando os direitos humanos, ampliando a cidadania e não
restringindo direitos." Defende Victor Baez Mosqueira - Secretário Geral
da Confederação Sindical das Américas.
Essa é uma oportunidade
única para que os candidatos à prefeitura reconsiderem as políticas urbanas que
vêm sendo aplicadas aos pobres urbanos. Ao invés de tratar os(as) vendedores(as)
ambulantes como criminosos, é possível incluí-los(as) nas oportunidades
comerciais que a Copa do Mundo oferece, e proporcionar-lhes soluções duradouras
para melhorar seus meios de subsistência”, defende Nora Wintour, coordenadora
da campanhas da StreetNet.
"Escrevemos aos
candidatos pedindo que façam o comprometimento público de que vão trabalhar
para assegurar trabalho decente aos vendedores(as) ambulantes”, disse Nilton
Freitas, representante regional da Internacional da Construção e Madeira, localizada
no Panamá.
As propostas contidas na
carta são as seguintes:
(1) que o poder
público municipal entre em diálogo com as organizações representativas de
ambulantes, seja através de fóruns de interlocução já existentes nas
cidades-sedes, ou pela criação de novos espaços de negociação, estabelecendo de
fato o diálogo com os(as) vendedores(as) informais das cidades-sede;
(2) que nos espaços
reservados aos patrocinadores oficiais da FIFA, em torno dos estádios e das
zonas oficiais de torcedores, 50% das barracas sejam reservadas a vendedores(as)
ambulantes locais, para que vendam comidas e bebidas típicas e artesanato
característico da região. Estas barracas devem alocar os(as) vendedores(as)
ambulantes através de um processo participativo, a partir dos fóruns de
negociação e a preços acessíveis e subsidiados, independente de possuírem, ou
não, licenças válidas, dando prioridade a cooperativas ou a outras iniciativas
da economia social, geradas por vendedores(as) que, de outra forma, perderiam
seus espaços de venda;
(3) que alternativas apropriadas ao comércio informal sejam
desenvolvidas, em cada município, de maneira consultava; esses locais de
comercialização devem ser concebidos como soluções de longo prazo, de forma que
tais espaços sejam operacionalizados durante e depois da Copa do Mundo, durante
jogos de campeonatos nacionais ou eventos dentro e no entorno dos estádios;
dessa forma, haveria um legado social da Copa do Mundo também aos vendedores
(as) ambulantes.
A carta conclui:
“Nós acreditamos que enquanto
candidato(a) ao cargo de prefeito(a), o(a) senhor(a) tem uma oportunidade única
de trazer a atenção do mundo à sua cidade.
Através do desenvolvimento de políticas de inclusão social, respeito aos
direitos humanos e ao trabalho decente, o(a) senhor(a) pode oferecer um exemplo
ao mundo de que a Copa do Mundo pode deixar um legado sustentável, e assim
traçar o caminho para que outros sigam.
Nós urgentemente pedimos ao
senhor(a) que apoie essas posições e que se comprometa publicamente, por
escrito, a trabalhar com os(as) vendedores(as) ambulantes para alcançar esses
objetivos – objetivos que vão além do futebol e que podem se tornar parte do
orgulho histórico do Brasil.”
Para mais informações, entre
em contato com:
Maira Vanucchi, StreetNet WCCA Coordenadora
de Campanhas, Rio de Janeiro:
Tel:0055-21- 84668586
Nora Wintour, StreetNet WCCA Coordenadora de Campanhas, StreetNet Internacional, Durban
Sharon Pillay, Encarregada de Comunicaçãos,
StreetNet Internacional, Durban
streetnetmedia@kryptonet.co.za
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