A Campanha Cidades de Classe Mundial para Todos foi lançada em 2006 pela StreetNet
Internacional e outras organizações que apoiam cidadãos urbanos de baixa renda como
moradores de favelas, migrantes, comunidades de refugiados e profissionais do sexo, e surgiu
sob o contexto da Copa do Mundo da FIFA na África do Sul, que ocorreu em 2010. A campanha
procurou criar uma conscientização mundial sobre a urgência de se repensar o planejamento
urbano e a organização de serviços, contrariando o estigma que as cidades de primeira classe
deveriam preparar suas infraestruturas focando sobretudo nos serviços que atendem ao capital
globalizado (finanças, serviços, etc.) e para os grandes eventos e feiras internacionais, deixando
para segundo plano as demandas sociais locais. Dessa forma, a Campanha CCMT pretende
apoiar ativamente as necessidades e interesses dos trabalhadores que participam da economia
informal, de fato criando Cidades de Classe Mundial para Todos.
A campanha busca organizar os vendedores de rua e fortalecer a relação com seus aliados
(sindicatos, movimentos sociais, organizações religiosas, acadêmicas etc.), e tem por objetivo
abrir canais de comunicação e apoiar suas reivindicações às autoridades municipais e nacionais.
A campanha foca particularmente no gênero feminino, já que as mulheres ambulantes são mais
expostas a perda de mercadoria no dia a dia da venda ambulante e, portanto, das condições de
assegurar sua subsistência, além de muitas vezes também precisarem de proteção contra
ataques xenofóbicos e tráfico de pessoas.
Campanha CCMT na África do Sul 2010
Na África do Sul, a campanha buscou pressionar o Comitê Local Organizador da FIFA e os
governos municipais das 9 cidades sul-africanas sede da Copa para repensar a política tomada
de criação de zonas de exclusão entorno dos estádios e espaços públicos organizados para
torcedores, reivindicando que ativamente promovessem oportunidades aos comerciantes
informais.
Campanha CCMT no Brasil 2014
No Brasil a campanha conta com o apoio da Central Única dos Trabalhadores – CUT, e planeja
fortalecer as organizações de vendedores de rua além de compor uma ampla coalizão de
trabalhadores da economia informal e seus aliados para:
(1) Denunciar os impactos negativos das obras de infraestrutura da Copa do mundo nos meios de
subsistência da população urbana de baixa renda, em particular os vendedores de rua e
comerciantes informais;
· (2) Pressionar as cidades sede e o comitê local da FIFA a promoverem arranjos específicos,
através das organizações representativas, que permitam vendedores ambulantes locais trabalhar
e se beneficiar das oportunidades de negócio que os jogos da FIFA oferecem
· . (3) Contribuir para o estabelecimento de fóruns municipais de negociação em todas as cidades
sede e para uma estrutura de negociação nacional.
A equipe no Brasil é formada por uma coordenadora, uma consultora e três pesquisadoras que
cobrem três regiões diferentes.
Equipe de pesquisa:
Região Norte e Nordeste: Manaus, Fortaleza, Natal e Recife
Emly de Andrade Costa emlyc@hotmail.com
Região Central: Belo Horizonte, Brasilia, Cuiabá e Salvador
Marina Brito Pinheiro marinabpinheiro@yahoo.com.br
Região Sul e Sudeste: São Paulo, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Curitiba
Maira Villas Bôas Vannuchi mairavannuchi@gmail.com
Gostaríamos se possível, de poder contar com a sua colaboração pessoal ou da
organização em que participa nos informando contatos de associações, entidades ou
outros grupos que acompanham o trabalho dos vendedores ambulantes em sua cidade.
Mesmo que não tenha um contato direto com estes grupos e conheça pesquisadores,
militantes ou outros profissionais que façam este acompanhamento do comércio informal,
seria muito importante para nós ter esse contato, para que possamos dar andamento à
pesquisa que está sendo realizada neste momento. Estes contatos podem ser de qualquer
natureza, seja nomes de lideranças, telefones, e-mails, endereços, etc. Com estes
contatos poderemos coletar maiores informações sobre as organizações de vendedores
de rua, ou que atuam diretamente com estes no dia a dia de suas funções. Com estes
dados poderemos realizar um mapeamento dos grupos envolvidos neste ramo do trabalho
informal e fundar algumas bases para a continuidade da campanha ao longo dos
próximos 4 anos.
No final do período de seis meses, acontecerá uma oficina do 28 ao 30 de Outubro de 2011 no
Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos em São Paulo, para discutir as descobertas e
recomendações da pesquisa, desenvolver uma estratégia de campanha para a Copa do Mundo
e possivelmente elaborar um esboço de um código de conduta para ser discutido com a FIFA.
Nada para nós sem nós!
World Class Cities for All!
StreetNet - great to see your blog! Looking forward to following you here!
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